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Misha e a minha primeira lembrança esportiva. Apresente a Olimpíada aos seus filhos

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Olimpíada é o grande marco esportivo da história. Seja para o público (principalmente do país/cidade a recebê-la) como para os atletas. O ápice de uma carreira. Com ou sem medalhas. Também é o momento ideal para apresentar os esportes aos nossos filhos e, dando o exemplo, mostrar a importância da prática de uma atividade física durante a vida. Minha primeira grande lembrança nos esportes remete a 1980, quando eu tinha 6 anos, na Olimpíada de Moscou, na então União Soviética, com o show do mascote Misha.

Sem dúvida alguma, Misha é o mascote mais importante e marcante da história olímpica. Quem acompanhou o evento, lembra-se do ursinho chorando na cerimônia de encerramento (foto), no Estádio Lênin. Acho Misha tão importante que ele deveria ser o porta-bandeira eterno da Rússia. Só não concordo com o Danilo Balu, companheiro de blog, que coloca Misha no mesmo patamar de heróis olímpicos, como Mark Spitz e Emil Zatopek, a Locomotiva Humana. Mas é uma opinião a se respeitar. Realmente, foi o grande “atleta” de 1980.

O interessante é que os Jogos de 1980 foram “esvaziados”, com somente 81 países – o menor índice de participantes desde 1956. Isso devido ao boicote do grupo de 61 nações liderado pelos Estados Unidos. Em 1979, tropas soviéticas invadiram o Afeganistão. Tempos depois, os EUA financiaram o Talibã para retomar o poder e sabemos o que aconteceu… Em 1984, na Olimpíada de Los Angeles, o boicote foi do grupo soviético. Mas agora, 42 anos depois (apesar de graves conflitos no Oriente Médio, como na Síria), a Olimpíada de Londres têm tudo para ser a melhor de todos os tempos. Os grandes atletas, nas mais diversas modalidades, estão presentes.

Atletismo e natação, para mim, são o ápice dos Jogos Olímpicos. Mas não dá para descartar outras modalidades, muitas que ganham espaço somente neste período.

Nas provas de corrida, por exemplo, teremos duelos interessantíssimos, tanto no masculino quanto no feminino. Sem desmerecer os demais, a “briga” Estados Unidos x Jamaica nas competições de velocidade e Etiópia x Quênia no meio-fundo e fundo. Claro que nesse meio teremos surpresas, mas os clássicos dos clássicos estão definidos.

RIO-2016 – Daqui a quatro anos, a festa será no Brasil. Sensacional, mas uma cornetada é mais do que necessário: pena que em termos de desenvolvimento esportivo, principalmente no atletismo, seguimos engatinhando e perdendo as chances. Os atletas brasileiros, primeiramente, têm de conseguir sobreviver do esporte para depois irem atrás de resultados. O trabalho de base, a começar pelas escolas, praticamente não existe. Assim, em Londres-2012, infelizmente, a equipe brasileira de atletismo começará as disputas dia 3 de agosto, como mera coadjuvante. Uma ou outra exceção, mas só isso. Fato que deve se repetir em 2016… Uma pena.

Fotos: Divulgação


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